Cada ano, mais de 2,3 milhões de camiões viajam até ao Reino Unido para transportar matérias-primas, alimentos e outros productos indispensáveis para os consumidores e para a indústria. Mais de 10% desses camiões procedem de Espanha.

A incerteza do Brexit fez com que mais de 30 organizações de transportes pan-europeias exigissem um acordo sobre o Brexit para proteger a circulação de veículos de transporte de mercadorias a partir de 31 de dezembro de 2020.

A ASTIC e a CETM são duas das organizações espanholas que participaram nesta carta aberta emitida pela International Road Union (IRU) para o negociador da União Europeia, Michael Barnier, e o do Reino Unido, David Frost.

A crise do coronavírus resultou numa perda anual de 64 mil milhões de euros para os operadores de transporte. Por esta razão, a delegada da IRU na UE, Raluca Marian, apontou que a ausência de um pacto entre a União Europeia e o Reino Unido pode ameaçar a viabilidade das empresas de transporte de mercadorias.

O acordo emitido pelas organizações de transporte procura alcançar os seguintes objetivos:

  1. Proteger os movimentos dos veículos pesados entre o Reino Unido e a União Europeia.
  2. Evitar os sistemas de quotas e as licenças especiais de transporte.
  3. Proteger as condições de segurança e de trabalho dos transportadores profissionais.
  4. Reconhecimento das normas e certificados para garantir uma concorrência justa.

A conclusão por parte das organizações é clara: se nenhum acordo for alcançado, tanto as organizações da União Europeia quanto as do Reino Unido ver-se-ão prejudicadas, o que afetará a cadeia de abastecimentos bem como a economia em geral.